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Mário Motta cobra agilidade em obras de reforço nas marquises do Hospital Infantil Joana de Gusmão

Estrutura não recebe manutenção desde a inauguração em 1979 e apresenta riscos de desabar

by da Redação

O deputado estadual Mário Motta (PSD) usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira, dia 13, para denunciar, mais uma vez, a situação crítica das marquises de concreto do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), referência no atendimento pediátrico em Santa Catarina desde 1979. Em apenas um ano, mais de 88 mil famílias foram atendidas na emergência do hospital localizado em Florianópolis, que hoje enfrenta problemas graves de infraestrutura.

O parlamentar relatou que, após assumir o mandato no início de 2023, identificou a falta de conservação das marquises do ambulatório e da emergência, estruturas suspensas sem apoios. Preocupado, protocolou um pedido de informação à Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC) questionando a segurança das coberturas. A resposta foi alarmante: não havia registros de manutenção das estruturas, construídas há mais de 40 anos.

Engenheiros do hospital classificaram o problema como emergencial, apontando degradação avançada, risco iminente de desabamento e a necessidade de remoção das marquises. Em junho de 2023, o deputado cobrou ações urgentes por meio de uma indicação e um novo pedido de informação. Apesar de vistorias terem afastado o risco imediato de queda, especialistas reforçaram a necessidade de um laudo técnico e de reforço estrutural.

O laudo, concluído em fevereiro de 2024 após um contrato de R$ 89 mil, indicou que as armações de ferro estão em boas condições, mas destacou que as deformações das estruturas são “muito acentuadas”. O documento recomendou a manutenção de escoramentos provisórios até a conclusão das obras de reforço.

Em setembro de 2024, um contrato de R$ 142 mil foi firmado para a execução dos reparos, com prazo inicial de 90 dias e conclusão prevista para 3 de janeiro de 2025. No entanto, um aditivo de mais 90 dias foi solicitado, prolongando a solução do problema. Atualmente, a marquise do ambulatório já está pronta, e as peças para o reforço da marquise da emergência começaram a ser descarregadas no hospital na última terça-feira, dia 11.

Motta criticou a morosidade na resolução do caso, destacando que um problema identificado em 2023 só deve ser solucionado em 2025. Ele ressaltou a necessidade de ações preventivas, conforme previsto na NBR 5674, que estabelece diretrizes para a manutenção de edificações. “Não podemos esperar que situações como essa se repitam. A segurança de pacientes, familiares e profissionais não pode ficar refém da burocracia”, afirmou. O deputado reconheceu os avanços, mas alertou para a falta de atenção ao longo de décadas. “Quando falamos de um hospital infantil que atende milhares de famílias, precisamos de mais eficiência e investimentos. O que está em jogo não são apenas estruturas de concreto, mas a segurança de quem depende delas”, concluiu.

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