A transmissão vertical ocorre quando a criança é infectada por alguma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) durante a gestação, o parto ou, em alguns casos, ao longo da amamentação. Durante o IV Seminário de Apoio aos Comitês de Investigação da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis, realizado na última terça-feira (11), em Florianópolis, representantes do Programa de Controle IST/Aids e Hepatites Virais de Itajaí apresentaram as boas práticas adotadas no município para o controle desse tipo de transmissão.
O evento, promovido pela Secretaria Estadual da Saúde, contou com a participação da enfermeira Jamille Hoepcke Cardoso, que destacou os dados epidemiológicos do município e compartilhou a experiência de Itajaí no processo de Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e na conquista do Selo Ouro de Boas Práticas rumo à Eliminação da Sífilis Congênita.
Segundo os últimos dados publicados pelo Ministério da Saúde, Itajaí ocupa a 22ª posição no ranking nacional de HIV/Aids entre municípios com mais de 100 mil habitantes. Apesar disso, a cidade mantém controle eficaz sobre a transmissão vertical do vírus.
Em relação à sífilis, apenas em 2024 foram notificados 633 casos de sífilis adquirida entre residentes de Itajaí e 130 casos em gestantes, resultando em 8 casos de sífilis congênita. O número é considerado baixo em comparação à quantidade de diagnósticos em gestantes, refletindo a eficácia das ações preventivas e do acompanhamento pré-natal.
Para 2025, a meta é melhorar ainda mais esses indicadores, garantindo uma assistência de qualidade desde o pré-natal até o parto, além do acompanhamento contínuo dos bebês.
A sífilis tem tratamento e cura, e quando a abordagem médica é realizada corretamente, evita-se a transmissão congênita. Já o HIV pode ser controlado com o uso adequado de medicamentos antirretrovirais, permitindo que mães soropositivas evitem a transmissão do vírus para seus bebês durante a gestação e o parto.
Para mais informações sobre o programa, acesse: ist.itajai.sc.gov.br.