O Baile da Melhor Idade do Carnaval Papa Siri foi mais do que diversão, foi um verdadeiro show de vida e alegria. Com tanta experiência de vida, os idosos mostraram que o tempo é apenas um detalhe quando se trata de se divertir. Fantasiados, eles dançaram, sorriram e aproveitaram cada instante da festa, embalados pelo ritmo contagiante do Carnaval.
No meio do trenzinho, os cabelos bem branquinhos chamavam a atenção. Era a moradora de Itajaí, Senhora Emília Casas, que aos 90 anos dançava todas as músicas e só parou no intervalo das bandas. Acompanhada pelo filho, ela mostrou que não há idade para curtir o carnaval.
A animação ficou por conta das bandas Bonde da Bobiça e Quarta Redenção, que cantaram samba, marchinhas e axé. E como todo grande baile merece uma realeza, o evento contou com um concurso para eleger o Rei e a Rainha da Melhor Idade do Carnaval de Itajaí.
A timidez ficou em casa, e os participantes subiram ao palco para desfilar e encantar o público. A tarefa do corpo de jurados não foi fácil, com tanta simpatia e criatividade nas fantasias. Maria Ivete Felipe, de 85 anos, recebeu a faixa de Rainha, e Máximo Montebeller Neto, de 82 anos, foi eleito Rei do baile.
A nova rainha do Carnaval da Melhor Idade também já foi princesa no Centro de Convivência do Idoso e desfilou em escola de samba. Alegre, ela conta que o título representa muito para ela. “Estou muito feliz. Fui operada há pouco tempo, mas tive muita força para estar aqui e acreditava que poderia ganhar. A produção da fantasia foi minha e agora, como rainha, quero dançar e aproveitar”, ressalta.
O rei da Melhor Idade também gosta de cantar e compor. Para ele, foi uma surpresa quando saiu o resultado. “Eu não esperava e fiquei muito feliz. Tinha muita gente competindo comigo e fiquei contente, porque é bom a gente estar feliz”, explica o senhor Máximo Montebeller.
Para a Diretora Executiva de Promoção da Cidadania de Itajaí, Talien Eline, a integração e valorização dos idosos na sociedade, com momentos de lazer, faz toda a diferença na vivência deles. “Temos mais de 2.500 idosos matriculados nos Centros de Convivência do Idoso, Centro de Arte e Lazer e Centro de Múltiplo Uso. Disponibilizamos transporte para eles participarem dessa grande festa, porque todo o movimento que a gente faz também traz um retorno muito positivo, já que eles fazem amizades com pessoas de outros bairros e essa festa vira um momento de integração que eles levam no coração para o resto da vida”, ressalta a diretora.
O Baile da Melhor Idade do Carnaval Papa Siri provou que a folia não tem idade e que viver plenamente é sempre motivo de festa.