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Sessão da Câmara de BC é suspensa de forma autoritária durante fala de Juliana Pavan; vereadora registra boletim de ocorrência contra David La Barrica

A sessão, que tinha como pauta a votação do Projeto de Lei sobre o Plano Diretor, foi abruptamente suspensa de maneira autoritária pelo presidente da casa, David La Barrica.

by da Redação

Na sessão da Câmara Municipal de Balneário Camboriú, que estava desta terça-feira (11), ocorreu um incidente infelizmente inédito durante a fala da vereadora Juliana Pavan (PSD) que chocou quem a acompanhava. A sessão, que tinha como pauta a votação do Projeto de Lei sobre o Plano Diretor, foi abruptamente suspensa de maneira autoritária pelo presidente da casa, David La Barrica.

A Câmara estava lotada de servidores comissionados do governo municipal, com a presença de diversos vereadores que já haviam discursado. Durante a fala de Juliana Pavan em tema livre, David La Barrica interrompeu a sessão, cortando seu microfone, cassando sua palavra e dizendo que encerrando a sessão. A atitude gerou indignação entre os presentes, com manifestações da plateia contra David de “covarde”. Após os fatos, Juliana Pavan foi à Delegacia da Mulher para registrar um boletim de ocorrência e pedir medida protetiva contra David La Barrica, considerando a violência política contra a mulher perante os demais vereadores e toda a comunidade presente.

O motivo do pedido para votar o Plano Diretor com urgência era a alegação de que mudanças eram necessárias para atender às novas demandas urbanísticas e ambientais da cidade. No entanto, muitos vereadores e representantes da sociedade civil criticaram a pressa e a falta de debate adequado.

Juliana critica aprovação acelerada de PL sobre o Plano Diretor em período eleitoral

“Apesar dos nossos esforços para adiar a votação e garantir um debate mais transparente e participativo, o Projeto de Lei infelizmente veio na urgência da marra”, desabafou a vereadora.

Os delegados não-governamentais do processo de revisão do Plano Diretor classificaram a proposta como arbitrária. “É no mínimo curiosa a intenção, uma vez que já se passaram 7,5 anos do atual governo sem a priorização do Plano Diretor e agora decide-se por empurrá-lo “goela abaixo” nas vésperas das eleições, evidenciando desrespeito à sociedade e à inteligência alheia.’, disseram.

O processo estava emperrado pela falta de apresentação do diagnóstico socioambiental da cidade, um estudo fundamental que identifica os potenciais e deficiências de cada região e serve como base para o planejamento de ações de desenvolvimento econômico sustentável. Os delegados também relataram que sugestões importantes foram ignoradas e que outras propostas foram colocadas para votação em ‘caráter surpresa.’

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“Estamos profundamente desapontados com essa decisão de botar o projeto na marra e nas pressas, sem falar o absurdo de cassar a minha fala. Acreditamos que mudanças tão significativas no Plano Diretor de Balneário Camboriú deveriam ser feitas com ampla consulta pública e fora do período eleitoral”.

Sobre a agressão sofrida, Juliana afirmou: “Sou a única mulher da atual legislatura. Fui impedida de me expressar em uma sessão tão importante para a sociedade, enquanto todos os meus colegas tiveram a oportunidade de falar. Meu microfone foi cortado e a sessão, abruptamente encerrada. Essa atitude autoritária demonstra desrespeito não apenas a mim, mas a todos os cidadãos que represento”, encerrou.

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