A safra tem o apoio da Prefeitura e da Polícia Militar. A Fundação Cultural e Secretaria do Meio Ambiente atuarão com a Colônia de Pescadores Z-7 fornecendo estrutura e orientações e fiscalizando a atividade.
Nesta temporada, serão dez pontos identificados para a pesca espalhados nas praias do município, conhecidos como ranchos. Na Praia Central, cada um dos três ranchos (localizados na altura das ruas 2700, 3700 e 4100) terá dois contêineres (um com banheiro) e duas tendas para dar apoio à vigília dos cardumes e para a cozinha. Os contêineres, que têm área de descanso, vão receber energia elétrica. Todos serão adesivados com identidade visual, para que os moradores e turistas estejam cientes do período da pesca.
Nas Praias Agrestes, serão instaladas tendas de apoio em Laranjeiras, Taquarinhas, Taquaras, Pinho, Estaleiro e Estaleirinho. Em Taquarinhas, haverá um banheiro químico. Os pescadores também ganharão camiseta com o nome do rancho ao qual pertencem.
As melhorias resultam de reuniões ocorridas entre representantes da Prefeitura e da Colônia de Pescadores Z-7. Em 2024, a Fundação Cultural investiu mais de R$ 170 mil na pesca artesanal da tainha, considerada patrimônio cultural imaterial de Balneário Camboriú. Os investimentos da Secretaria do Meio Ambiente (Semam) foram de cerca R$ 150 mil. Para auxiliar na fiscalização, a Semam contratará uma empresa com lancha e marinheiro. Também será usado um quadriciclo durante a safra. Haverá ainda atividades de educação ambiental com os pescadores.
Durante a temporada, que vai até 31 de julho, é proibido o uso de jet skis, lanchas rebocadoras e embarcações motorizadas nas orlas das praias. Não é permitida a armação de redes de pesca tipo feiticeira e de malha, além da utilização de cilibrim e fisgas.
Os ranchos
- Rancho dos Rapazes – Praia Central – altura da Rua 4100
- Rancho Vô Luiz – Praia Central – altura da Rua 3700
- Rancho da Selma – Praia Central – altura da Rua 2700
- Rancho da Praia de Laranjeiras – Laranjeiras
- Rancho da Praia de Taquarinhas – Taquarinhas
- Ranchos da Praia de Taquaras (dois ranchos) – Taquaras
- Rancho da Praia do Pinho – Pinho
- Rancho da Praia do Estaleiro – Estaleiro
- Rancho da Praia do Estaleirinho – Estaleirinho
Saiba mais sobre a pesca artesanal da tainha
- Os cardumes de tainha (Mugil liza) iniciam a migração reprodutiva, saindo dos estuários e lagunas costeiras para a desova no mar. É durante essa migração que acontece a captura do peixe.
- As canoas usadas são as chamadas “canoas de um pau só” ou “canoas bordadas”. São esculpidas a partir de um tronco maciço de uma única árvore de garapuvu. As canoas são cada vez mais raras pela impossibilidade de abater a árvore.
- As cores das embarcações não são aleatórias. As embarcações são pintadas de cores contrastantes para facilitar a visualização da canoa no mar.
- Cada pescador tem sua função: o vigia (que fica no aguardo do cardume apontar no mar), dois remadores, um chumbereiro (que lança as redes), o patrão (que direciona o cerco). A puxada normalmente conta com ajudadores ocasionais (passantes voluntários, que são recompensados com uma fração do pescado).
- Cerca de 200 famílias vivem da pesca artesanal da tainha em Balneário Camboriú.
- A Lei nº 4.327, de 18 de outubro de 2019, declarou a pesca artesanal para captura de tainha patrimônio cultural imaterial de Balneário Camboriú.
- A Lei nº 4.874, de 3 de abril de 2024, declara de valor histórico, cultural e social os Ranchos de Pesca de Tainha da Praia de Taquaras. No artigo 1º, a lei tomba como Patrimônio Cultural Material de Balneário Camboriú os ranchos coloquialmente denominados “Rancho do Neu” e “Rancho do Eládio”.