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Santa Catarina é o estado com maior segurança alimentar e menor desigualdade de renda do Brasil

O estado está acima da média nacional, de 72,4%, acima do Paraná (82,1%) e do Rio Grande do Sul (81,3%), segundo e terceiro colocados, respectivamente.

by da Redação

Foto: Ricardo Trida / SECOM

Santa Catarina é destaque nacional como o estado com a maior segurança alimentar do país. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pand) Contínua no módulo Segurança Alimentar, divulgada nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2023, 88,9% dos domicílios catarinenses possuíam uma condição segura de alimentação, ou seja, tinham acesso permanente à alimentação adequada, tanto em quantidade quanto em qualidade. Esse resultado coloca SC no primeiro lugar na lista das Unidades da Federação com a melhor condição de alimentação do país. O estado está acima da média nacional, de 72,4%, acima do Paraná (82,1%) e do Rio Grande do Sul (81,3%), segundo e terceiro colocados, respectivamente.

A liderança catarinense na segurança alimentar é um resultado da soma de vários fatores, com as políticas públicas estaduais ocupando um lugar de destaque. Santa Catarina também possui o menor nível de desigualdade de renda e o quarto maior nível de rendimento médio nacional. Em 2023, o rendimento médio do trabalhador catarinense chegou a R$ 3.316 e teve um crescimento de 9,5%, acima da inflação. O aumento do nível de rendimento é fundamental para os trabalhadores e as famílias catarinenses terem acesso a alimentos de qualidade, sem comprometer outros aspectos como saúde, moradia e transporte.

O secretário de Estado do Planejamento (Seplan), Edgard Usuy, explica que os valores alcançados por Santa Catarina representam o impacto na qualidade de vida e no bem-estar das famílias catarinenses. A redução da desigualdade de renda e o aumento do rendimento influenciam diretamente a vida dos catarinenses e a economia como um todo, melhorando o ambiente de negócios e o crescimento inclusivo.

Além do lado da demanda, outro fator importante que explica o melhor nível de segurança alimentar é a condição de oferta dos alimentos. Nesse quesito, SC é um exemplo de um setor agropecuário produtivo e sustentável. De acordo com o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), o estado possui características que potencializam a produção de alimentos, como uma matriz produtiva diversificada e o predomínio de agricultura de base familiar, o que reduz os custos de produção.

Nesse sentido, destacam-se produtos como arroz, feijão, carnes de frango e suína, ovos, leite, maçã, banana, legumes e verduras, em que o SC ocupa posição de relevância no ranking nacional. O maior nível de rendimento e a proximidade da oferta alimentar torna os alimentos mais baratos, portanto mais acessíveis à população, mesmo àquelas de menor renda.

Sobre a Pnad

A pesquisa aponta que no quarto trimestre de 2023, o Brasil apresentava 72,4% (ou 56,7 milhões) dos seus domicílios em situação de segurança alimentar, segundo a pesquisa. Essa proporção cresceu 9,1% frente à última pesquisa do IBGE que investigou esse tema: Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, que apresentou 63,3% dos domicílios do país em situação de segurança alimentar.

Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como diminuição na proporção de todos os graus de insegurança alimentar.

A pesquisa teve como referencial metodológico a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que permite a identificação e classificação dos domicílios de acordo com o nível de segurança alimentar de seus moradores. Assim, a segurança alimentar é o acesso pleno e regular aos alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.

Menor desigualdade de renda

Recentemente, o IBGE lançou o módulo Rendimento de Todas as Fontes da PNADC. Em 2023, o estado apresentou o menor nível de desigualdade de renda domiciliar de todo o país, cerca de 20% menor do que a média nacional, registrando 0,418 no Índice de Gini. O instrumento é reconhecido internacionalmente por medir a concentração de renda em uma dada população e varia de 0 a 1, quanto mais perto de 0, menor é a desigualdade de uma região.

Isso demonstra como os aspectos de distribuição econômica no território catarinense e a diversidade produtiva possibilitam um melhor nível de renda e grau de escolaridade, consequentemente ocasionando melhores condições de trabalho e renda, quando comparado com as demais UFs.

Menor índice de domicílios que recebem o Bolsa Família

A pesquisa apontou ainda que apenas 4,5% dos domicílios catarinenses recebem o Bolsa Família. Estes dados catarinenses representam a menor proporção entre todos os estados brasileiros, com índice abaixo dos apresentados pelo Rio Grande do Sul (8,6%) e Paraná (9,2%). A PNADC informa ainda que os rendimentos habitualmente recebidos pelos catarinenses somaram mais de R$ 13 bilhões em 2023, representando um crescimento de 15% em relação ao ano anterior.

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