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Ritual do Mastro de São Sebastião movimenta cultura e fé neste final de semana (13 e 14)

Evento cultural e religioso será realizada em duas tradicionais comunidades da cidade: em Santa Lídia e Armação do Itapocoróy

by Redação

Neste final de semana, duas comunidades de Penha irão realizar um dos rituais religiosos mais antigos da região açoriana catarinense: o ritual do Mastro de São Sebastião. No sábado, 13, o ato cultural/religioso de decoração do mastro acontece no bairro de Santa Lídia, às 17h. No domingo, 14, o cortejo tem seu início às 16h, em Armação do Itapocoróy.

Enquanto os Foliões tocam e cantam músicas tradicionais locais e iniciam as cantorias do Moçambique, com viola e tambores, as mulheres iniciam o enfeite do Mastro com ramos verdes e flores.

No bairro de Santa Lídia, o ritual acontece na Rua Angiolete João de Freitas, nº2840, em frente a conhecida casa do Tonho da Dilma, em direção à igreja católica. Após o ritual, uma missa será realizada na Paróquia Santa Paulina.

“Broas caseiras e a tradicional Consertada de Penha são distribuídas a todos os presentes durante a popular Puxada do Mastro”, detalha o superintendente da Fundação Municipal de Cultura Picucho Santos, Eduardo Bajara.

Já na Armação, o início será na Rua José Camilo da Rosa, nº 559, na antiga venda do Genézio, na Praia Grande. Bajara explica que a saída no antigo comércio é uma homenagem póstuma ao Seu “Bira do Ibama”, que seria o promesseiro neste ano.

“Ademar Ubirajara Vieira, o seu Bira, será homenageado pela filha Cintia Vieira e seu esposo Marcelo Cláudio Xavier, que será o promesseiro este ano, prestando uma homenagem póstuma ao sogro que, no ano passado deixou clara sua vontade de realizar esta tradição na sua casa. Bira viveu na Praia Grande por quase 80 anos sempre foi um apaixonado pela Armação, seu povo, sua história e sua cultura”, acrescenta.

Por fim, Bajara acrescenta que o ritual é uma manifestação folclórica popular bicentenária em Penha. “A origem é ainda é cercada de muitas dúvidas e teorias, porém é mais provável que os portugueses vicentistas, os primeiros colonizadores da região de Itapocoróy, tenham trazido esta tradição na bagagem e introduzido na comunidade recém-formada, no início do século XVIII”, pontua.

MISSAS

No domingo seguinte à esta manifestação (21), é realizada uma Missa de Ação de Graças a São Sebastião, onde as pessoas devotas e comunidade levam massas de pão confeccionadas com as partes do corpo ou formato de seu pedido ao Santo, no qual foram atendidos.

“As massas são leiloadas entre os presentes na missa, que é denominada ‘Missa das Massas’. O dinheiro arrecadado com o leilão é do Conselho da Capela, que o reverte em benfeitorias”, encerra Bajara. Cada comunidade prepara uma programação especial.

Texto, Lyandra Machado, jornalista responsável
Fotos: Felipe Franco

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