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Joe Biden, Diogo Santos e eleições na Venezuela

A semana política foi marcada pelas desistências, tanto no contexto mundial como local. Maduro falou em “banho de sangue” se perder as eleições na Venezuela

by da Redação

Análise política de Jackson Laurindo

Joe Biden “throws in the towel”

A semana política foi marcada por desistências significativas tanto no cenário mundial quanto local. No âmbito internacional, o Presidente Joe Biden anunciou sua desistência de concorrer à reeleição nos Estados Unidos. Esse comunicado é o desfecho de um processo de desgaste acentuado após o debate com o ex-presidente Donald Trump.

A pressão sobre Biden aumentou após um atentado a tiros contra Trump durante um discurso em um evento do Partido Republicano. Esse incidente coincidiu com a convenção do partido que confirmou Trump como candidato à Presidência. Biden tentou manter sua candidatura, mas sinais de perda de apoio ficaram evidentes com a retirada de financiadores.

A desistência de Biden coloca o Partido Democrata em uma situação complicada para escolher um novo nome para a candidatura presidencial. A atual Vice-Presidente, Kamala Harris, tem o apoio de Biden e de parte dos democratas, mas ainda precisa ser aprovada formalmente pelos delegados do partido.

Em termos estratégicos, ambos os partidos cometeram erros. O Partido Democrata falhou ao não reconhecer a condição de saúde debilitada de Biden e não preparar um substituto adequado. Kamala Harris foi vista por parte dos democratas como distante da presidência durante seu mandato como vice.

Por outro lado, o Partido Republicano errou ao antecipar o debate entre Trump e Biden, cinco meses antes das eleições. No debate, a superioridade de Trump e a condição de saúde de Biden ficaram evidentes. Inicialmente, isso reforçou a narrativa de Trump sobre a incapacidade de Biden de continuar na presidência. No entanto, ao antecipar o problema, deu tempo ao adversário para corrigi-lo, com a substituição de Biden. Se o debate tivesse ocorrido durante a campanha, a substituição seria praticamente impossível.

Agora, Trump e sua equipe precisam reformular suas estratégias de campanha para manter a vantagem nos estados-chave que decidem as eleições americanas.

Diogo Santos “joga a toalha” e desiste da pré- candidatura.

A semana política em Porto Belo foi marcada por uma desistência significativa na corrida eleitoral. O vereador e pré-candidato a prefeito Diogo Santos, do União Brasil, anunciou sua retirada da pré-candidatura, alegando motivos pessoais. Com essa decisão, o partido União Brasil deve agora compor a coligação de apoio ao atual prefeito, Joel, que é pré-candidato à reeleição.

Diogo Santos, anteriormente do MDB, havia deixado o partido na tentativa de viabilizar uma candidatura própria, levando consigo muitos apoiadores. Agora, ao desistir, ele retorna para formar uma coligação com o MDB, o que causa um impacto considerável no cenário eleitoral de Porto Belo.

A desistência de Diogo Santos reduz o número de pré-candidatos a três: duas candidaturas alinhadas à direita, representadas por Joel e Magno, e uma candidatura à esquerda, liderada pela Dra. Rosana. A estratégia dos partidos de esquerda será evitar a polarização e focar no debate sobre as pautas locais, sem entrar no mérito ideológico. Por outro lado, a candidatura de Magno Munõz deve atrair eleitores insatisfeitos com a atual gestão, mas que ideologicamente não votariam em partidos de esquerda.

Com a saída de Diogo Santos, tanto Joel quanto Magno devem ganhar votos, já que os eleitores de Diogo Santos devem se pulverizar entre esses dois candidatos. Este movimento político ilustra bem a dinâmica volátil da política local, especialmente nas semanas decisivas que antecedem o encerramento das convenções e a formação das alianças.

Esses eventos reforçam a ideia de que a política é como uma nuvem: você olha está de um jeito, olha de novo e já mudou tudo

 Venezuela nas Urnas: O Futuro em Jogo

No próximo domingo (28), a conturbada Venezuela irá às urnas em um momento crítico para o futuro do país. Em um recente evento político, o ditador Nicolás Maduro fez declarações alarmantes, mencionando a possibilidade de um “banho de sangue” caso a oposição saia vitoriosa. Essas falas repercutiram globalmente, recebendo condenação de diversos líderes, incluindo o Presidente Lula.

Em resposta às críticas de Lula, Maduro atacou o sistema eleitoral brasileiro, alegando que ele possui falhas por não ser auditável — uma questão controversa nas eleições de 2022 no Brasil. Esse conflito levou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cancelar o envio de técnicos brasileiros para supervisionar o processo eleitoral venezuelano.

A estratégia de Maduro parece clara: afastar qualquer entidade estrangeira que possa supervisionar a eleição, mantendo o processo sempre sob suspeita de fraudes. Essa postura aumenta a desconfiança sobre a transparência e legitimidade do pleito.

O que resta agora é aguardar os resultados após o fechamento das urnas no domingo. O desfecho das eleições dirá se a Venezuela terá a chance de um novo começo, possivelmente sem Maduro no poder. Este momento é crucial não apenas para o país, mas para toda a América Latina, que observa atentamente as consequências deste processo eleitoral.

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