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GAECO deflagra Operação Skyfall para prender hacker responsável por invasão a sistemas e adulteração de processos judiciais

A operação, deflagrada na tarde de segunda-feira, cumpriu mandados judiciais na cidade de Curitibanos/SC, com o objetivo de desmantelar esquema de acesso e alteração ilegal de dados processuais, resultando na prisão do principal responsável pela invasão e manipulação do sistema

by da Redação

Nesta segunda-feira, (27/01), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), por meio do CyberGAECO, em apoio à investigação da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Curitibanos, deflagrou a Operação Skyfall, com o objetivo de prender um hacker responsável por invasão a sistemas e adulteração de processos judiciais.  

Resultados da operação 

A ofensiva resultou no cumprimento, na cidade de Curitibanos, de dois mandados judiciais expedidos pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Lages: um de prisão preventiva e um de busca e apreensão. Durante o cumprimento das ordens, que contou com o apoio da Polícia Científica, foi constatado que o investigado possuía mais de 1 terabyte de informações mineradas de um número indiscriminado de usuários.  

Essas informações foram compiladas em um sistema próprio desenvolvido pelo investigado, que, de forma automatizada, possibilitava a violação de credenciais e o acesso a plataformas privadas e a sistemas judiciais e de órgãos de segurança e saúde. As atividades foram realizadas mediante a exploração de vulnerabilidades representando grave ameaça à integridade das informações sensíveis.  O principal suspeito foi preso e documentos e equipamentos foram apreendidos, com o objetivo de aprofundar a investigação e localizar mais evidências sobre a atuação do hacker e possíveis cúmplices.

Investigado 

O suspeito já havia sido investigado anteriormente por crimes cibernéticos, ainda na adolescência. Ele é suspeito de ter violado mais de 80 credenciais de usuários, com diversos níveis de acesso, e de ter utilizado suas habilidades para falsificar documentos e adulterar processos. O objetivo dessas ações era prejudicar a marcha processual e afrontar os sistemas judiciais. 

Além disso, as evidências apontam que o investigado utilizava ferramentas avançadas para ocultar suas ações, dificultando a detecção das invasões. 

Colaboração interagências 

A Operação Skyfall contou com o apoio do Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS) do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e com o auxílio da Polícia Científica de Santa Catarina para preservação das evidências de interesse criminalístico. A colaboração interagências é essencial para o sucesso das operações, destacando o esforço conjunto na luta contra crimes cibernéticos. 

Operação Skyfall 

O nome “Operação Skyfall” faz uma referência à determinação e resiliência das autoridades, lembrando a forma como o agente James Bond enfrenta desafios para proteger o que é valioso. Neste caso, a operação simboliza o empenho das autoridades em combater a ameaça representada pelo hacker responsável pela manipulação de dados no sistema judicial. A “queda” do criminoso é inevitável, e a operação visa restaurar a ordem e a confiança no sistema de tramitação processual, garantindo a transparência e a integridade dos processos. 

Segurança e Prevenção  

O CyberGAECO sugere, como medida de prevenção a acessos indevidos e de segurança de informação, que senhas não sejam repetidas em sites ou acessos diversos e que seja mantida uma postura constante de troca de senhas. Essas ações, de relativa simplicidade, dificultam o acesso indevido a informações que necessitem ser protegidas.   

GAECO e CyberGAECO 

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) é uma força-tarefa composta, em Santa Catarina, pelo Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar, e tem como finalidade a identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas. 

O CyberGAECO é uma força-tarefa especializada, inserida na estrutura do GAECO, para identificar, buscar prevenir e reprimir infrações penais praticadas especialmente em ambientes virtuais. 

Fonte: Comunicação Social do MPSC

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