Levantamento do Corpo de Bombeiros de Itapema aponta que a cobertura atual da rede de hidrantes na cidade é ineficiente e não atende maioria dos bairros residenciais. Projeto modelo foi apresentado ao Poder Legislativo, e pode se tornar referência nacional
Nesta segunda (04/03), o Comandante do Corpo de Bombeiros de Itapema, Capitão Walter de Mendonça Neto, apresentou ao presidente da Câmara de Itapema, vereador Jean do Dimar (MDB), um projeto considerado modelo, defendendo a instalação de uma rede de hidrantes em toda a cidade, buscando atingir padrões de excelência internacionais.
No levantamento, a corporação aponta a ineficiência do atual sistema, que não garante a distribuição de água na maior parte do território de Itapema. Hoje o município conta com apenas 12 hidrantes urbanos em funcionamento, sendo que oito deles estão localizados no Bairro Meia Praia, dois no Bairro Morretes, um no Centro e um no Bairro Ilhota. Bairros como o Casa Branca, Várzea, Alto São Bento, Canto da Praia e Tabuleiro, não contam com nenhum deles instalado.
Segundo projeto do Corpo de Bombeiros, seria necessário instalar outros 71 equipamentos, a fim de garantir uma cobertura dentro dos raios com distâncias estabelecidas pela ABNT (NBR 12218 de 2017). “Hoje sabemos que com os tipos de móveis que utilizamos, um cômodo queima complemente em apenas 4 a 5 minutos. Ter um hidrante com fornecimento de água ilimitado para combater um incêndio faz toda diferença, ainda mais se considerarmos que Itapema tem ruas onde o caminhão não consegue entrar”, analisa Neto.
Acompanhado do Sargento Colliselli, e dos vereadores Léo Cordeiro (MDB) e Zulma Souza (Progressistas), o Capitão explicou detalhes do projeto, que tem um custo estimado em R$ 540 mil reais para ser implantando, garantindo uma cobertura em toda área residencial de Itapema. Para ele, se o projeto for colocado em prática, transformaria a cidade em referência nacional.
No projeto, o Corpo de Bombeiro destaca que os caminhões – além de ter um abastecimento limitado a 5mil e 10 mil litros de água – são veículos mais lentos, de difícil locomoção dentro da cidade. “Vale pontuar que um sistema não anula o outro. Ambos são essenciais nas ocorrências, mas precisam se complementar. Por isso a necessidade de expansão da rede de hidrantes, com o objetivo de diminuir o tempo até a fonte de água mais próxima”, explica o Capitão Neto.
Os vereadores receberam o projeto e se comprometeram em analisar a proposta, buscando formas de viabilizá-la, diante da importância que a iniciativa representa para a segurança da população.