Em uma reunião decisiva realizada nesta quarta-feira, 15, no gabinete do prefeito Leonel Pavan, secretários do município e representantes da concessionária Águas de Camboriú (AEGEA) discutiram estratégias para garantir o abastecimento de água na cidade durante o próximo ano.
O período crítico do fornecimento de água ocorreu entre 20 de dezembro e 8 de janeiro, quando Camboriú e Balneário Camboriú enfrentaram dificuldades devido à escassez de recursos hídricos. O Rio Camboriú, única fonte de captação, tem uma vazão suficiente, porém a captação é limitada a 1.100 litros por segundo, o que se mostrou insuficiente diante do aumento da demanda. A falta de uma estação de tratamento adequada é apontada como uma das principais causas do problema. Durante a gestão anterior de Camboriú, a estação de tratamento de água foi retirada do contrato, com a repactuação voltada apenas para o tratamento de esgoto.
Também, a ausência de investimentos estruturais nos últimos oito anos pelo município vizinho comprometeu ainda mais a ampliação da capacidade de tratamento e distribuição de água, o que agravou a crise hídrica nas duas cidades.
Como resposta imediata à situação, a Prefeitura de Camboriú, sob a liderança do prefeito Leonel Pavan, implantou no início de 2025 a primeira Estação de Tratamento de Água (ETA) móvel da cidade. A iniciativa, uma parceria com as empresas Bluetech e AEGEA, já está beneficiando diretamente mais de seis mil moradores e visa mitigar os impactos da crise hídrica enquanto soluções permanentes são implementadas.
Durante a reunião, o prefeito Pavan fez questão de cobrar ações urgentes da diretora-presidente da AEGEA, Reginalva Mureb, e reforçou a necessidade de um projeto de recuperação imediata para garantir o abastecimento de água sem interrupções no próximo ano. “Esperamos que para o ano que vem, não existam mais reclamações por falta de abastecimento. Queremos resolver definitivamente o problema. O que parecia impossível, já está se tornando possível”, afirmou o prefeito.
Pavan também destacou a importância de projetos estruturais, como o Parque Linear e o Parque Inundável, que visam a segurança hídrica no médio e longo prazo. Em paralelo, a Prefeitura está acelerando o pedido de planejamento para a construção de uma estação de tratamento definitiva em Camboriú. Para isso, será solicitado à Agência Reguladora a outorga excepcional de um novo contrato, além de um estudo técnico para definir a vazão ecológica do Rio Camboriú, sua profundidade e a capacidade de operação do Parque Linear.
Outro ponto acordado foi a instalação de um espaço dedicado ao atendimento direto da comunidade pela AEGEA, que funcionará na Unidade de Atendimento ao Cidadão do distrito do Monte Alegre, facilitando o acesso dos moradores a informações e serviços relacionados ao abastecimento de água.
Com essas ações, Camboriú visa se tornar mais independente no tratamento de água, assegurando um futuro mais seguro e sustentável para sua população, além de minimizar os riscos de crises hídricas recorrentes.
Texto e fotos: Molina Orval