Foto: Divulgação / CBMSC
A manhã desta terça-feira, 25, foi dia de relembrar histórias e homenagear quem fez parte dela. A solenidade em comemoração aos 15 anos do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) uniu bombeiros militares, comunitários, médicos, enfermeiros e autoridades que constituíram essa parceria pioneira entre o CBMSC e a Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Os números refletem a importância desse trabalho conjunto. Ao longo dos 15 anos, foram mais de 16.500 ocorrências e 15 mil pessoas atendidas. Criado oficialmente em 2 de fevereiro de 2010, o BOA se consolidou como referência em resgates e emergências médicas.
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O subcomandante-geral do CBMSC, coronel Jefferson de Souza, enfatizou a relevância do BOA. “Iniciamos em 2010 com apenas uma aeronave locada por três meses. Tínhamos que demonstrar a necessidade do serviço, e ele se expandiu. Hoje, contamos com três bases em Florianópolis, Blumenau e Joaçaba, esta última uma solicitação do governador Jorginho Mello, compreendendo a importância de expandir os atendimentos por todo o estado. São cinco aeronaves operando simultaneamente.”
O BOA atua em parceria com o SAMU Aeromédico e desempenha um papel essencial em diversas frentes:
- Resgate e transporte aeromédico
- Atendimento pré-hospitalar
- Combate a incêndios
- Busca e salvamento
- Apoio às ações de defesa civil
- Proteção ambiental
- Cooperação com órgãos governamentais
Para o comandante do BOA, tenente-coronel Hugo Manfrin Dallossi, a expansão do serviço comprova sua relevância. “Esses números mostram o impacto positivo do serviço aeromédico na preservação de vidas, operando sempre em conjunto com o SAMU, e mostram o quão importante é para os atendimentos, seja de traumas, afogamentos, emergências médicas, remoções hospitalares, transferências entre hospitais, combate a incêndios, entre todas as outras operações que o batalhão executa”, destacou.
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“Com essa parceria nós conseguimos dar suporte avançado de vida em UTI móvel, aonde o paciente mais precisa, com menor tempo resposta. Houve uma grande expansão do serviço nos últimos anos e avançamos oferecendo mais segurança e eficiência no atendimento à população catarinense. Quero agradecer a todos os profissionais que se dedicam e acreditam no serviço, pois desempenham da melhor forma possível o seu trabalho”, frisou Marcos Fonseca Superintendente de Urgência e Emergência.
Primeiro resgate: um marco histórico
A primeira ocorrência do BOA aconteceu em 20 de janeiro de 2010, quando o helicóptero Arcanjo-01 foi acionado para um resgate na BR-282, envolvendo um acidente entre um carro e um caminhão. A rápida resposta da equipe garantiu o socorro à vítima, encaminhada ao Hospital Regional de São José para tratamento.
Na solenidade de aniversário, os tripulantes dessa primeira missão foram homenageados:
- Comandante de Aeronave: Major Lopes
- Comandante de Operações Aéreas: Capitão Kemper
- Tripulante Operacional: Soldado Aurélio
- Médico de Voo: Dr. Saule
- Enfermeiro de Voo: André
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Missão internacional
Em novembro de 2023, o BOA realizou sua primeira missão internacional, transportando um paciente de Buenos Aires (Argentina), para Lages (SC). O voo, conduzido com a aeronave pressurizada Arcanjo-06, exigiu planejamento detalhado e seguiu rigorosos protocolos. Segundo o comandante da aeronave, tenente Leandro Grande Cenedesi, a operação reforçou o profissionalismo e a capacidade técnica da equipe.
Projeto Sangue Total
Uma das inovações do BOA é a utilização de sangue total no atendimento aeromédico. O projeto consiste na disponibilização de bolsas de sangue total de baixa titulação nas aeronaves “Arcanjo” para transfusões emergenciais durante o resgate. A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Hemosc, aumenta significativamente as chances de sobrevida das vítimas em estado crítico.
Assunção de Comando de Aeronave
Durante a cerimônia, também ocorreu a assunção de comando de aeronave dos capitães Daldrian Scarabelot e Rafael Melo Marques. A ascensão técnica como comandante de aeronave representa um momento marcante na vida do oficial piloto e é consequência de inúmeros fatores, pois demonstra o término de um período de instruções preparatórias, nas quais há a necessidade do cumprimento de avaliações e treinamentos específicos exigidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
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