Em uma iniciativa inovadora, Santa Catarina desponta como o primeiro estado brasileiro a realizar um censo específico para mapear pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), em projeto liderado pela ALESC por meio da Frente Parlamentar em defesa da Pessoa com autismo, de autoria do deputado estadual PP COLAÇO, e executado pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) e que terá início no primeiro semestre de 2025. A medida foi oficializada com a assinatura de um termo de cooperação entre a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), a Acafe e instituições do terceiro setor, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e a Associação de Amigos do Autista (Ama).
A presença das universidades comunitárias, representadas pela Acafe, será decisiva na execução deste projeto. Com suas 14 instituições atuando em conjunto, a rede comunitária é um diferencial de Santa Catarina. “A Acafe é um patrimônio catarinense, e nós temos um compromisso com as demandas da sociedade. Colocar à disposição o nosso corpo técnico e acadêmico para esse censo reforça nosso papel como agentes de transformação social”, afirma a presidente da Acafe, reitora Luciane Ceretta.
As universidades comunitárias catarinenses têm histórico de liderança em projetos voltados para a população, especialmente na área da saúde e educação. A atuação conjunta com as Apaes e Amas garantirá que o levantamento seja abrangente e confiável, promovendo um retrato fiel da realidade do TEA em Santa Catarina.
O primeiro passo do projeto será o desenvolvimento de uma plataforma virtual onde serão inseridos os dados. Esta etapa deverá ser concluída no primeiro semestre deste ano. Posteriormente, as universidades do sistema Acafe iniciarão a aplicação de pesquisa nos 295 municípios catarinenses. “Será um levantamento aplicado já em uma plataforma virtual onde os números poderão ser atualizados e acessados de forma rápida e assertiva”, explica Ceretta.
Impacto nas políticas públicas
Com este censo, o Estado mais uma vez sai na frente, mostrando que a cooperação entre poder público, universidades e terceiro setor é essencial para avançar em iniciativas sociais inovadoras e inclusivas.
De acordo com o presidente da Alesc, Mauro de Nadal, o censo será fundamental para orientar políticas públicas mais eficazes e inclusivas. “Santa Catarina dá um passo histórico ao criar uma ferramenta que trará mais visibilidade às demandas das pessoas com TEA. Este censo é um exemplo de como podemos liderar pelo bem-estar social e pela inclusão”, destacou.
O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com TEA na Alesc, deputado Pepê Collaço (PP), também ressaltou a relevância do projeto: “A criação desse censo é um marco para Santa Catarina e, principalmente, para as famílias que precisam de suporte adequado. Com dados precisos, será possível planejar soluções mais assertivas para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”.