A Câmara abriu, nesta quinta-feira (6), o mês dedicado às mulheres no Legislativo Municipal com o retorno da série audiovisual Mulheres que Inspiram. Realização da Procuradoria Especial da Mulher, a série criada em 2021 enfoca personagens femininas, suas histórias e percepções sobre o papel da mulher em nossa sociedade. No início de cada sessão deste mês, será apresentado um vídeo produzido pela Assessoria de Comunicação da Câmara. Na estreia, a personagem perfilada foi a comerciante Carla Silvia Paulino de Oliveira.
Marcado pelo Dia Internacional da Mulher, este ano comemorado neste sábado (8), o mês de março tem sido dedicado à reflexão sobre os avanços e percalços na trajetória das mulheres em busca de cidadania plena e igualdade de direitos. Em Porto Belo, uma lei de 2009 instituiu a Semana Municipal da Mulher. Contudo, nos últimos anos, atividades alusivas à data têm estendido essa marcação temporal pelos 30 dias de março. A sessão solene de entrega da honraria Mulher de Valor, instituída pelo Legislativo em 2018, será no dia 27.
Ao abrir, portanto, o Mês da Mulher, Isabel Martins, assessora da Procuradoria Especial da Mulher, fez uma fala na tribuna, na qual ressaltou as conquistas obtidas em nível municipal — “através de programas de capacitação, campanhas de prevenção à violência ou iniciativas que promovem o bem-estar e a saúde” — e convidou os presentes a se comprometerem na busca por mais avanços: “Que possamos fazer da nossa cidade um exemplo de inclusão e igualdade, onde o protagonismo feminino seja uma realidade vivida no dia a dia”, destacou Isabel.
Após a intervenção de Isabel, foi exibido o primeiro vídeo da temporada 2025 da série Mulheres que Inspiram.
Carla de Oliveira tem 36 anos de idade recém-completados. Natural da comunidade do Araçá, estabeleceu sua atividade comercial no bairro pesqueiro há 15 anos. Junto com o marido, Diego Rodrigues de Oliveira, de 35 anos, e a mãe, Silvia Paulino, 55, administra uma padaria e um comércio no bairro. É mãe de um casal de filhos, Laura, de 11, e Caio, de 6.
Carla começou a trabalhar com onze para doze anos de idade. O casal proprietário da padaria que ela hoje comanda precisava de alguém para ajudar nas tarefas domésticas. Carla ganhou a vaga e, mais tarde, quando os donos seguintes do ponto comercial propuseram-lhe a compra, ela contou com a ajuda de uma tia, Irene, que emprestou-lhe o dinheiro. Mais tarde, quando surgiu a oportunidade de arrendar o mercado anexo, dona Irene voltou a franquear-lhe o apoio necessário.
“Na verdade, a nossa família é muito acolhedora”, afirma Carla, que sempre contou com uma rede de proteção para ajudar no cuidado e educação dos filhos e na salvaguarda financeira necessária para avançar nos negócios. Religiosa, sempre vê a mão divina conduzindo suas escolhas. Família, fé e trabalho resumem sua filosofia de vida.
