Foto: Coredec/Itajaí
A manhã desta quinta-feira, 16, foi marcada por chuvas fortes no litoral de Santa Catarina, com acumulados significativos de precipitação. Em cidades como Tijucas, Camboriú e Balneário Camboriú, os volumes já ultrapassaram 180mm, enquanto Itajaí registrou 150mm, números que representam até 70% da chuva esperada para todo o mês de janeiro. A atuação da circulação marítima sobre o estado e as características geográficas da região contribuíram para o aumento da intensidade das chuvas, especialmente no Baixo Vale do Itajaí e na Grande Florianópolis.
Ocorrências Registradas
Segundo a central de monitoramento da Defesa Civil, Itajaí foi um dos municípios mais afetados pelas fortes chuvas. O município registrou alagamentos em várias ruas e bairros, e 14 vias foram afetadas, com alguns pontos interditados. O número de residências danificadas ainda está sendo contabilizado, mas até o momento não houve residências destruídas. A cidade segue monitorando os danos e, por precaução, emitiu alertas, mas ainda não decretou situação de emergência.
Em Balneário Camboriú, a situação foi grave com várias vias alagadas devido às enxurradas. Muitas pessoas ficaram ilhadas e isoladas. Para atender à população afetada, três abrigos foram abertos, sendo um no Bairro Itália, outro no Bairro Barra e um no Bairro dos Municípios. Embora a cidade tenha enfrentado grandes dificuldades, não houve registro de desalojados até o momento. As autoridades municipais decretaram situação de emergência, mas não solicitaram apoio com itens de ajuda humanitária. As autoridades locais continuam a avaliar a situação e coordenar a resposta.
O município de Camboriú também foi afetado pelas enxurradas. Várias vias e bairros foram alagados, e houve dois deslizamentos de terra que atingiram residências no bairro Conde Vila Verde, mas felizmente sem vítimas. Um abrigo foi aberto para acolher os afetados pelas chuvas. Assim como Balneário Camboriú, Camboriú registrou danos consideráveis, mas ainda não há estimativas finais sobre os prejuízos materiais.
Em Itapema, a situação também se agravou com registros de alagamentos em diversos bairros, com destaque para o Sertãozinho, Varzea, Ilhota, Alto São Bento e partes do Centro. Um abrigo foi aberto para abrigar as pessoas desalojadas, e o município estuda a possibilidade de decretar situação de emergência devido aos danos causados. Vias de grande circulação foram severamente afetadas, e a cidade segue em alerta.
Outros municípios como Navegantes, Balneário Piçarras e Penha também sofreram com alagamentos pontuais, mas a situação já foi normalizada nesses locais, sem grandes danos. Em Porto Belo, houve alagamentos em algumas vias e a queda de uma árvore que obstruiu um córrego, alterando seu curso e atingindo parcialmente uma residência. O município está avaliando a necessidade de declarar situação de emergência. Por outro lado, Luiz Alves e Ilhota não registraram alterações significativas e não foram afetados de maneira grave.
Foto:Coredec/Biguaçu
Alertas Geológicos e Risco de Deslizamentos
Diante dos acumulados de chuva já registrados e da previsão de continuidade das precipitações, a Defesa Civil de Santa Catarina emitiu Alertas Geológicos para risco de movimento de solo nas cidades ao longo da costa do Baixo Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. Os municípios mais afetados incluem Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Porto Belo e Camboriú, na região do Baixo Vale do Itajaí, além de Florianópolis, Tijucas e Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis.
A previsão é de que as chuvas sigam intensas nas próximas horas, com a possibilidade de novos acumulados significativos. O risco geológico nessas áreas é classificado como MUITO ALTO nas regiões indicadas em vermelho no mapa, e ALTO nas áreas em laranja, com maior probabilidade de deslizamentos e fluxo de detritos causados pelas enxurradas.
Atenção à População das Áreas Críticas
Com as condições climáticas instáveis, é fundamental que a população das áreas mais críticas, localizadas no Baixo Vale do Itajaí e Grande Florianópolis, redobre a atenção e siga as recomendações das autoridades locais. As medidas preventivas, como a evacuação de áreas de risco, são essenciais para minimizar danos e garantir a segurança de todos.
A Defesa Civil reforça a necessidade de acompanhar os alertas em tempo real, que são divulgados por meio de SMS e nas redes sociais oficiais, e adota o nowcasting (previsão em tempo real) como ferramenta crucial para ajustes rápidos nas estimativas de precipitação.
Prevenção e Preparação: A Chave para Enfrentar a Situação
Em tempos de condições climáticas adversas e com o risco de deslizamentos aumentado, a prevenção é a melhor forma de proteger a vida e o patrimônio. A população deve seguir as orientações das autoridades locais, como evitar áreas de risco, ficar atenta a possíveis mudanças nas condições meteorológicas e se preparar para possíveis emergências. O monitoramento constante dos alertas meteorológicos e geológicos é essencial para uma resposta rápida e eficaz a qualquer eventualidade.