A galeria de exposições temporária no subsolo do Museu Histórico de Itajaí recebe nesta semana a exposição “Bicentenário do Curato: Narrativas de história e fé”. A mostra, em comemoração aos 200 anos de instalação do curato e ao aniversário da cidade de Itajaí, celebra esse marco histórico, com um acervo doado ao Museu pela Paróquia do Santíssimo Sacramento. A abertura será na quinta-feira (13), às 19h30, e as peças ficarão em exibição até o dia 06 de setembro. A visitação é gratuita.
Entre os itens expostos estão estandartes, trajes religiosos como casulas e estolas, além do valioso acervo do Monsenhor Vendelino Hobold. A exposição oferece uma oportunidade única para os visitantes apreciarem a riqueza histórica e cultural que o curato trouxe para a cidade, destacando sua relevância contínua ao longo dos séculos.
A curadoria da mostra foi realizada pela museóloga Tayná Castro e pela técnica em Conservação e Restauro, Yasmin Sayegh, ambas da equipe do Museu Histórico de Itajaí. O horário visitação no museu é de terça a sexta-feira, das 13h às 18h30, e aos sábados, das 9h às 13h.
Sobre a histórica da cidade e o curato
A história de fundação da cidade de Itajaí inicia com a construção da capela do Santíssimo Sacramento em 1823. A Capela foi elevada ao status de Curato, em 1824, dando origem à Vila do Santíssimo Sacramento do Itajaí.
O curato desempenha um papel fundamental na história e na estrutura da Igreja Católica, bem como na formação e desenvolvimento das comunidades em que se estabelece. Como uma unidade administrativa e pastoral, o curato é responsável por oferecer serviços religiosos e promover a coesão espiritual e social entre os fiéis.
A criação do curato de Santíssimo Sacramento em Itajaí é um exemplo significativo dessa importância multifacetada. Este evento não só marcou o nascimento oficial da cidade, mas também estabeleceu a primeira organização pública formal da região. A nomeação de Frei Pedro Antônio Agote como o primeiro vigário simbolizou a consolidação de uma estrutura que atenderia tanto às necessidades espirituais quanto civis da comunidade nascente, pois o Curato era responsável pelo registro de nascimentos, casamentos e óbitos, que era fundamental para a administração e a identidade da comunidade.