Uma policial militar precisou efetuar um disparo de arma de fogo para evitar que outro militar fosse atingido com uma pedra.
A polícia militar foi acionada por um cidadão após um conflito com seu vizinho. De acordo com o solicitante, o conflito começou após seu vizinho ir até sua residência e ameaça-lo, alegando que o solicitante havia molhado seu veículo.
No local, a guarnição PM tentou contato com o vizinho a fim de esclarecer o conflito e promover o respectivo registro. No entanto, o envolvido além de se recusar a sair da sua residência para conversar com os policiais, soltou um cachorro de grande porte, agressivo, aparentemente tentado intimidar a guarnição.
A guarnição PM tentou convence-lo a sair, dando-lhe voz de abordagem, no entanto o envolvido insistiu que não sairia de casa, não guardaria o animal e, exaltado, disse aos policiais: “Vocês são uns policiais de merda, eu sou trabalhador e não vou colocar a mão na cabeça”.
Cada vez mais agressivo, o cidadão se aproximou dos policiais gritando, colocando uma das mãos próximas a cintura, recusando-se a colaborar durante a abordagem. Diante do comportamento do envolvido, o policial militar passou a utilizar técnica de imobilização a fim de conte-lo, enquanto sua parceira fazia a segurança de área, tentando conter populares que se aproximavam e ofereciam ainda mais risco aos militares.
Na sequência, uma mulher aproximou-se da policial militar e agarrou na sua cintura, instante em que outras pessoas se aproximaram, partindo pra cima dos policiais. Neste momento, a militar efetuou um disparo, a fim de afugentar os agressores e evitar que a equipe fosse agredida. Este disparo não atingiu ninguém, mas permitiu que a equipe recuasse.
As pessoas no local continuaram dirigindo palavras ofensivas aos policiais, e ameaçando agredi-los, enquanto o policial tentava conter o cidadão que deu início ao tumulto. Aproveitando-se que o militar estava de costas para calçada, uma mulher se aproximou pelas costas, com uma pedra nas mãos, visando atingir a cabeça do policial. Neste instante, para garantia da integridade física de seu companheiro de guarnição, a policial militar feminina efetuou mais um disparo, que atingiu o abdômen da agressora.
Com a chegada do apoio de outras guarnições, foi possível afastar os populares e prestar atendimento a mulher atingida pelo disparo. O SAMU esteve no local e conduziu a envolvida para o Hospital Marieta, onde foi submetida a cirurgia. De acordo com a equipe médica a mulher encontrava-se estável e não corria risco de morte.
Durante o registro da ocorrência, a mulher atingida pelo disparo foi ouvida por outros policiais, e, em seu depoimento, reconheceu o erro cometido ao tentar agredir o militar, e inclusive desculpou-se com a equipe.
O cidadão que deu início ao tumulto foi atendido no CIS com escoriações leves, ocasião em que continuou agressivo, tendo, inclusive, ameaçado um dos médicos que o atendeu.
Os fatos foram registrados em Boletim de Ocorrência, e os envolvidos foram autuados pelos crimes que cometeram, incluindo desobediência, resistência e tentativa de homicídio.
Analisando-se preliminarmente a ocorrência, observa-se que os policias valeram-se dos meios que tinham a disposição para garantir a própria integridade física, já que foram ameaçados e agredidos por várias pessoas ao mesmo tempo.
No entanto, um inquérito policial militar já foi instaurado para apurar detalhadamente os fatos que envolveram a atuação dos militares.
Policiais militares são agredidos e ameaçados durante atendimento de uma ocorrência, no bairro Cidade Nova em Itajaí
A polícia militar foi acionada por um cidadão após um conflito com seu vizinho. De acordo com o solicitante, o conflito começou após seu vizinho ir até sua residência e ameaça-lo, alegando que o solicitante havia molhado seu veículo
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